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QUEM SOMOS?

O MOPA é um grupo católico que busca acolher pessoas LGBTs e suas famílias, em espaços de reflexão, vivência da espiritualidade e promoção humana integral.  Nos reunimos para momentos de partilha de vida, leitura da Palavra, celebração da fé e serviço fraterno.

EM QUE ACREDITAMOS?

Cremos na presença de Cristo em nossos corpos, ao nosso lado nas alegrias, tristezas, angústias e esperanças que vivenciamos todos os dias. E reafirmamos nossa pertença eclesial: somos parte da Igreja Católica Apostólica Romana e nela queremos viver a fé, abertos ao diálogo ecumênico e à construção da fraternidade.

POR QUE "MARIELLE FRANCO"?

Vereadora carioca e ativista dos direitos humanos assassinada em 2018, Marielle era uma mulher negra, bissexual, “cria da favela da Maré” e católica. Na fé encontrava a síntese desse “lugar de contradições”. Doou sua vida à humanidade nas causas que acreditava até ser assassinada, unindo-se ao Cristo em seu martírio.

Como Marielle, queremos ser sinais do Reino também para as pessoas LGBTs que se encontram longe da Igreja, excluídas de nossas comunidades e vítimas da LGBTfobia presente na sociedade.

PAPA FRANCISCO

“Se uma pessoa é gay, busca ao Senhor de todo o coração, quem sou eu para julgar?” Com essas palavras o Papa Francisco nos mostrou como deve-se viver o cristianismo: de uma igreja moralista e fechada a uma igreja aberta e em constante diálogo; de uma compreensão moralista da sexualidade para sua vivência pastoral, em espírito de diálogo e abertura. O Papa Francisco tem levado a Igreja a percorrer um caminho de fé mais próximo de Jesus de Nazaré. Por isso ele nos inspira.

BÍBLIA: PEDRA NO CAMINHO OU LUZ DA CAMINHADA?

Em nossos encontros, lemos e interpretamos a Bíblia à luz das nossas vidas concretas, do chão onde pisamos. Deixamos de lado a tentação fundamentalista de entender os textos bíblicos ao pé da letra, e nos abrimos ao Espírito que dá vida à Palavra: nela se encontra a revelação divina, encarnada em Jesus e vivenciada por tantas e tantos que deixaram no mundo um legado de justiça, fraternidade e libertação. A Bíblia não é arma a ser atirada contra quem não condiz com nossas verdades, mas ponte para nos aproximar do outro que encarna Deus em seu próprio corpo.

REDE NACIONAL

Fazemos parte da Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT, que reúne diversos coletivos Brasil afora. Nos reunimos virtualmente, celebramos, partilhamos reflexões e vivências. Construímos, na prática, a comunhão eclesial que nos faz um com nossos irmãos e irmãs.

Site: https://www.redecatolicoslgbt.com.br/

História do MOPA 

O MOPA surgiu no ano de 2018, logo depois do II Encontro Nacional de Grupos Católicos LGBT, que aconteceu na cidade de São Paulo.  Bia, Edilson, Fernanda e Luis participaram deste encontro e, conforme discussões que já vinham fazendo, decidiram concretizar a ideia de um grupo católico LGBT na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Itaquera. O nome de nosso grupo, “Movimento Pastoral”, busca, em primeiro lugar, exprimir nossa identidade pastoral, uma vez que o MOPA nasce dentro do coletivo IPDM (Igreja – Povo de Deus – em Movimento), um coletivo de paróquias da Zona Leste de São Paulo que promove um trabalho pastoral atento à realidade do povo periférico e, em segundo lugar, “Marielle Franco”, uma homenagem à vereadora assassinada em 18 de março de 2018, no Rio de janeiro, católica e LGBT.

Desde pelo menos 2014, a paróquia, junto com alguns do IPDM, tem pautado a questão da diversidade sexual e da necessidade da acolhida da diversidade como dom de Deus. Por causa disso, esteve em evidência quando suas ações pastorais tiveram projeção na mídia e nas redes sociais, como foi o caso da oração dos fiéis de uma missa em 2015 e da homilia feita por Albert Rockenbuck, em 2016.

Nossa primeira reunião aberta foi em 14 de julho de 2018, com o tema “Católicos LGBTs: esse lugar das contradições”. Depois, ainda em 2018, realizamos mais 2 ou 3 encontros, incluindo encontros com outros grupos da paróquia, ainda engatinhando. Em 2019, retomamos o grupo e o reorganizamos, agora já sem a Bia e a Fernanda. Luis e Edilson, ao longo do ano, tentaram tocar o grupo e organizar reuniões e eventos. Pensamos na possibilidade de atuar a partir de alguns eixos: espiritualidade libertadora, articulação, formação e prática da fé.

Ao longo de 2019, o MOPA conseguiu se constituir como uma referência na paróquia do Carmo. Somos um grupo de leigos apoiado pelo padre, mas com independência de ação.

Em 2020, o MOPA atingiu alcance ainda maior, com participação nas eleições, onde escrevemos uma carta com as reivindicações de políticas públicas para a população LGBT. Participamos de conferências, seminários, encontros online durante a pandemia de COVID-19 e dos encontros regionais (2019 e 2023) e nacional (2021) da Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT. Também organizamos e promovemos atos inter-religiosos LGBT (2022, 2023), formações, retiros, ofícios divinos, E vem muito mais por aí!

O MOPA é, portanto, um grupo pastoral voltado para a acolhida e promoção da vida das pessoas LGBTs e suas famílias, em diálogo com a Igreja e os movimentos que lutam pela mesma causa. Sua prática se dá através de encontros regulares de reflexão, celebração e oração, além da proposição de questões que dizem respeito à nossa vida como católicos e LGBTs. O grupo, embora “católico” (ou talvez por isso mesmo, “universal”), acolhe a diversidade religiosa e está aberto a que pessoas de outras denominações possam participar.

Nosso Logo: Pentecostes de Stonewall

A cena representa o inflamar revolucionário que deu Espírito ao movimento LGBT+: as revoltas de Stonewall (1969).

 

Dentro do bar onde aconteceram os fatos, as pessoas louvavam a vida e a liberdade com objetos humanos triviais: instrumentos musicais, bebida, flores, numa liturgia de resistência.

 

Escolhemos uma flor em especial: o girassol, à esquerda, símbolo de Marielle Franco, mulher negra, bissexual, católica e mártir LGBT, que virou semente e hoje floresce ressuscitada em nossa luta.

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No alto, o sair de si de Deus acompanha o sair das sombras e da violência de seu povo: o Espírito acende o fogo santo e faz arder o coração, iluminando tudo com suas infinitas cores.

 

Na bandeira, tal como cantaram naquela noite durante seu contra-ataque, "We shall overcome", lê-se: VENCEREMOS!

 

Com o logo, sintetizamos nossa experiência teológica como LGBT+: o Espírito Santo se derrama nos processos históricos, gera o Pentecostes a partir do grito dos oprimidos.

Como em Stonewall, há mais de 50 anos, também hoje Ruah sopra sobre nossas dores, nos inspira a cantar nossos amores e semear nossas esperanças, na certeza de que venceremos.

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