Este texto foi publicado assim que o nosso site foi criado. Mudanças aconteceram ele acabou sendo excluído por engano. Repostamos ele hoje pois faz parte de nossa história e não pode ser esquecido. Eis o texto:
No dia 14 de julho de 2018 aconteceu o primeiro encontro presencial do MOPA, em Itaquera. Desde então, temos buscado construir uma prática pastoral de acolhida de pessoas LGBT na cidade de São Paulo, a partir de nosso lugar de católicos, abertos ao diálogo ecumênico.
Cremos na presença de Cristo em nossos corpos, ao nosso lado nas alegrias, tristezas, angústias e esperanças que vivenciamos todos os dias. E reafirmamos nossa pertença eclesial, abertos à construção da fraternidade.
Em nossos encontros, lemos e interpretamos a Bíblia à luz das nossas vidas concretas, deixamos de lado a tentação fundamentalista e nos abrimos ao Espírito que dá vida à Palavra: nela se encontra a revelação divina, Jesus, vivenciada por tantas e tantos que deixaram no mundo um legado de justiça, fraternidade e libertação.
Marielle Franco é nossa inspiração: mulher negra, lésbica, “cria da favela da Maré” e católica. Na fé encontrava a síntese desse “lugar de contradições”. Doou sua vida à humanidade nas causas que acreditava até ser assassinada, unindo-se ao Cristo em seu martírio.
Neste dia em que completamos 3 anos, inauguramos nosso site e nosso novo logo.
Com o site, queremos abrir mais um canal de comunicação com a igreja, a cidade e todas as pessoas de boa vontade, que lutam pela dignidade de todes.
Com o logo, sintetizamos uma experiência teológica que vivenciamos: o Espírito Santo se derrama nos processos históricos, gera o Pentecostes a partir do grito dos oprimidos. Como em Stonewall, há mais de 50 anos, também hoje Ruah sopra sobre nossas dores, nos inspira a cantar nossos amores e semear nossas esperanças, na certeza de que venceremos.
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